quinta-feira, 26 de julho de 2012


Vovó  
Palavra doce que remete a cabelos brancos , comidas deliciosas, carinho incondicional e uma certa permissividade para as aventuras. . .
Hoje é dia da Avó. E apesar de não gostar de datas específicas para
 lembrar-me de pessoas especiais... Sendo o dia da Avó não tem como resistir!.
Não conheci “eles”, mas “elas” eram fantásticas. Totalmente opostas fisicamente e psicologicamente.
A avó materna Geraldina era bem pequenina e magra, carinhosa e tranquila ensinava sempre os bons costumes, a oração e havia a preocupação e o cuidado com o outro. Se o assunto era namoro ela pregava o puritanismo e havia um excesso de zelo, sempre desconfiada de que qualquer atitude poderia ter um teor sensual, fosse com amigos ou amigas,  não podíamos abraçar muito, ficar muito tempo sozinhos ou sozinhas, beijinhos, eram quase proibidos. A convivência com ela era calma, porém cheia de cuidados e disfarces para não deixá-la contrariada ou na verdade para não nos chatear mesmo.
Já a Tia Chica para alguns e Vovó Chica para mim, na verdade Francisca, era a transgressão  em pessoa. Baixinha, gordinha, falava muito, fumava muito, e gostava de uns comentários picantes. Todas nós  gostávamos muito dela, até mesmo porque com ela tudo era permitido, era um CARPE DIEM ás avessas.
Dois amores que nunca vou esquecer, vivemos muito pouco tempo juntas, mas cada minuto deixou muitos aprendizados e muitas saudades.
Mas a avó que homenageio hoje em especial é uma senhora, forte, saudável, vaidosa , linda  e de uma personalidade única. E também é a minha querida mãe. Mais um amor meu.
Vovó Ilda, 11 filhos, 22 netos e 7 bisnetos com 83 anos está em plena forma física e muita lucidez
( Ela com um dos netinhos Thiago),
A você todo o meu carinho e naturalmente dos seus netos também.
Muitos beijos!!!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Uma sugestão de atividade Multidisciplinar:  PIP/CBC
 MUDANDO PARADGMAS – UMA PRÁTICA INTERDISCIPLINAR

   “Sabemos que para resgatar a autoestima e a confiança do aluno em si mesmo e em suas potencialidades pressupõe acolhê-lo como ser presente, produtor e portador de ideias, capaz de obter sucesso em seu processo de aprendizagem. Ensinar este aluno significa possibilitar-lhe um tempo para trabalhar seus interesses, suas vivências, suas afetividades.”
      Sabemos que o PAV se distancia do ensino tradicional e que exige uma metodologia ativa e participativa. Portanto precisamos priorizar o trabalho em equipe e a expressão oral e artística.
O aluno tem uma bagagem cultural que precisa ser respeitada.
Nós precisamos entender que só educamos a quem encantamos e conseguimos conquistar. E o caminho mais adequado para o PAV é por meio da arte e da interdisciplinaridade.
   Para que o aluno me perceba como professor eu devo acolher seus hábitos, suas vivências e suas preferências e depois da conquista apresentá-lo o que eu tenho a oferecer. E eu devo trazer atividades que o aluno identifica em seu cotidiano, se quero ensiná-lo música clássica, primeiro devo ouvir a música que ele ouve. Depois ele terá abertura para conhecer minhas preferências musicais.
Alguns questionamentos ou provocações...
- Você gosta de rap?
- Conhece alguma música ou rapper?
- Você conhece Chico Buarque?
- Gosta das musicas dele?
-E de MPB?
Você acha que o aluno deve conhecer as músicas clássicas, jazz, MPB, etc.
Então vamos um vídeo. (Chico Buarque- Cálice)
Comentário: a música é adequada para o perfil dos meus alunos?
Mas eu devo ensiná-la?
Vamos ver outro vídeo 2- (Paródia da música do Chico - Crioulo)




Comentário: o teor da música e da intertextualidade. O rapper trouxe para a contemporaneidade os problemas vividos pelos jovens.
E agora o último vídeo- (Chico cantando Crioulo que canta Chico)
Confirmando a possibilidade da intertextualidade e o valor do rapper.
Então partindo do princípio de que devemos partir do contexto do aluno a música oferece muitas possibilidades para as atividades interdisciplinares.
Algumas sugestões de atividades interdisciplinares:
Arte- O professor pode explorar a letra, a melodia, o estilo, a dança e o contexto da mesma, além de propor uma atividade de grafitagem em equipe representando a ideia central da música. Se for possível, a escola pode oferecer os muros para serem pintados.
Geografia- O professor pode explorar os espaços urbanos comentados na música – O centro e a periferia, a organização, a arquitetura, os espaços públicos, praças, ruas, calçadas e outros.
História- O professor de história pode discutir o contexto político da época em que foi feita a música do Chico, etc. a ditadura, e o contexto atual.
Ciências- O professor pode estudar com os alunos as substâncias químicas e seus efeitos no corpo humano.
Matemática- O professor pode explorar estatísticas de desemprego, ou de mortes relacionadas a violência provocada pelas drogas, fazendo uma conscientização com os alunos, ou trabalhar as formas geométricas  tomando como referência   a simetria do cálice.
Língua Inglesa- O professor de Língua Inglesa pode relacionar o rap brasileiro ao rap americano e propor o estudo do vocabulário comparando as letras e os temas tratados em ambas as correntes. Exemplo Crioulo e Jay-Z.
Língua Portuguesa- O professor de Língua Portuguesa pode propor um debate sobre o preconceito racial, a fim de combater a discriminação e semear o respeito, a pluralidade cultural dos povos resultando numa produção de textos.
Educação Física- O Educador Físico pode propor aos alunos que criem coreografias inspiradas na música, respeitando as características do rap.
      O resultado final de cada atividade de cada disciplina pode ser transformado em uma expressão artística e apresentado para toda a escola em forma de feira cultural festival, ou exposição.



Letras das músicas-
Cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor e engolir a labuta?
Mesmo calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada, prá a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda (Cálice!)
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!)
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno (Cale-se!)
Nem seja a vida um fato consumado (Cale-se!)
Quero inventar o meu próprio pecado (Cale-se!)
Quero morrer do meu próprio veneno (Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez tua cabeça! (Cale-se!)
Minha cabeça perder teu juízo. (Cale-se!)
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cale-se!)
Me embriagar até que alguém me esqueça (Cale-se!)

Cálice

Criolo

Como ir pro trabalho sem levar um tiro
Voltar pra casa sem levar um tiro
Se as três da matina tem alguém que frita
E é capaz de tudo pra manter sua brisa
Os saraus tiveram que invadir os botecos
Pois biblioteca não era lugar de poesia
Biblioteca tinha que ter silêncio,
E uma gente que se acha assim muito sabida
Há preconceito com o nordestino
Há preconceito com o homem negro
Há preconceito com o analfabeto
Mais não há preconceito se um dos três for rico, pai.
A ditadura segue meu amigo Milton
A repressão segue meu amigo Chico
Me chamam Criolo e o meu berço é o rap
Mas não existe fronteira pra minha poesia, pai.
Afasta de mim a biqueira, pai
Afasta de mim as biate, pai
Afasta de mim a coqueine, pai
Pois na quebrada escorre sangue,pai.
Pai
Afasta de mim a biqueira, pai
Afasta de mim as biate, pai
Afasta de mim a coqueine, pai.
Pois na quebrada escorre sangue.








quinta-feira, 19 de julho de 2012


Minha amiga Karina me apresentou este video, é um comercial que  trata da viagem  em grupo ,mas tem muito a ver com o trabalho em equipe e muiiiiiiiiito  coerente.
Divirtam-se!

 

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas 
que já tem a forma do nosso corpo 
e esquecer os nossos caminhos 
que nos levam sempre aos 
mesmos lugares. 
É o tempo da travessia. 
E se não ousarmos fazê-la, 
teremos ficado para sempre 
à margem de nós mesmos". 
Fernando Pessoa
 
Olá pessoal
Bom dia para todos!
Tenho  observado os murmurinhos de uma entrevista acontecida no Fantástico de uma certa senhora (que foi  zero à esquerda na presidência da república) D. Rosane Ex- Collor de Melo que o pessoal não gostou. Vi algumas piadas com a Teté, a Mônica e os rapazes do Saia Justa, foi o máximo que vi , do assunto, mas fiquei até curiosa. Gosto de ver alguns programas sim , mas o Tal Fantástico não entra na minha lista de assuntos pertinentes, a muiiiiiiiiiito tempo o programinha deixou de ser fantástico, mas, ainda tento encontrar alguma coisa interessante...melhor parar de ver.
Com tantas reportagens importantes como as tendências da moda das empreguetes que até hoje graças a Deus não sei bem o que é isso e um "concursosinho" que ridiculariza as nossas secretárias domésticas, e uma sequência de assuntos que não mudam o mundo, acho uma grande perca de tempo.
Quanto á repulsa sobre a entrevista da ex- nova celebridade Rosane, deve ter sido muito ruim mesmo. Só posso dizer uma coisa: esperava o quê, vendo este fantástico. Descobrir outra teoria sobre a relatividade? Escolha coisa melhor pra ver.   Uai...
Abraços

quarta-feira, 18 de julho de 2012


Boa tarde amigos! 

  Terça feira... À noite. Eu e meu marido Sílvio, nos espalhamos no sofá para ver um dos programas que mais gostava de ver: “A LIGA”. O tema do programa no dia era Favela da Mangueira o que mudou depois da ocupação da polícia no morro.

   Para quem não viu, não sei se digo: _ veja, porque é preciso observar como vivem nossos compatriotas, ou se digo: _ não vejam, é muita tristeza e miséria, pessoas completamente abandonadas sem o menor zelo do poder público, é deprimente.  Pessoas que não tem o básico, o vaso sanitário da casa sai em um cano direto no pátio que deveria ser um espaço coletivo habitável, o esgoto cai a céu aberto, ou melhor, em uma fresta da parede onde o cano termina e o vizinho mora no apartamento do lado e convive com o mau cheiro e os ratinhos. O prédio é um imóvel abandonado do IBGE, que foi invadido por pessoas sem teto. O lixo não é recolhido no prédio.
    A LIGA é sem dúvida um programa muito bom, o problema é que o tempo dado ao ex-(e vamos acreditar que seja realmente ex) traficante Tuxinha, deu um tom de herói ao rapaz que está cumprindo pena em liberdade e a aparência e o figurino usado para a entrevista é de dar inveja a muitos modelos. Camisa, calça e tênis todas das melhores marcas,um relógio lindo ,uma aliança de Senhor dos anéis sem contar o brilho da pulseira de ouro maciça que ele usava dava para iluminar o Maracanã.
Sou totalmente contra dar foco a bandidos e traficantes, pois as nossas crianças do morro já os veem como “bem sucedidos”, se começarem a dar entrevistas, aí que viram estrelas mesmo.
   O policial que trabalha no morro,  um simpático moço afrodescendente, teve um
pequeno- mínimo tempo  par fazer suas considerações ! è um despropósito!
    Bom, heróis ou não...  a comunidade não ganha nada com o sucesso do traficante,ela continua sem esse olhar e sem o olhar  do estado.



Este é o país da copa, dos investimentos milionários em estádios e que gentilmente enviou milhões para ajudar países vizinhos.
Palhaçada

Primeiro cuidemos dos nossos!... Brasil

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Olá amigos
De volta de novo...
Depois dos quarenta precisamos nos comprometer mais com as coisas que gostamos, então 
assumo o compromisso de tornar meu blog um espaço habitado.
atualizarei sempre !
E amigos do PIP/CBC  obrigado por me visitarem


Postem seus recados
"Com amor e arte em toda parte "
Beijos
                                                             Abaporeia- releitura                                                           Abaporu -Tarsila do Amaral