terça-feira, 25 de junho de 2013

"Para fazer bem as coisas é necessário: primeiro, o amor, segundo, a técnica.” Antoni Gaudí



Antoni Gaudí
 


Hoje é comemorado o aniversário de 150 anos do arquiteto catalão Gaudi, seu nascimento ocorreu dia 25 de junho de 1852 e seu falecimento se deu em 1926.Suas principais obras são a Casa Milà  e o parque Guell, ( o u é com trema), construídos em Barcelona na Espanha.         
  A UNESCO classifica sete de suas obras como Patrimônio Mundial.
 
Casa Batiló- Ilha da Discórdia, Bairro Modernista de Barcelona
 


Gaudí nasceu numa localidade costeira da Catalunha. Mostrou desde cedo interesse pela arquitetura, tendo ido estudar em Barcelona, então centro político e intelectual da Catalunha, sendo também a cidade a mais moderna de Espanha.  Desenvolveu uma maneira de compor por meio de justaposições de massas geométricas, até aí nunca usadas, cujas superfícies eram animadas com pedra ou tijolo modelado, painéis cerâmicos de cores vivas, e estruturas de metal.
 
La Pedrera - Casa Milà , situada em Passeig de Gracia, Barcelona, Catalunha- Espanha

 
Gaudí foi um participante importante no movimento artístico revivalista das artes, a Renaixensa. O símbolo religioso da Renaixensa em Barcelona era a igreja da Sagrada Família, um projeto que ocupou Gaudí durante toda a sua carreira.



Palácio Guell- Bairro Raval, Barcelona, Espanha. Foi construído entre 1885 e 1890
para a família de Eusebi Guell, o principal cliente de Gaudi e seu Mecenas.

Gaudí dedicou boa parte da vida para construir a Igreja da Sagrada Família.

Contratado para construir a igreja desde 1883, não viveu para a ver terminada. Ao trabalhar nela tornou-se cada vez mais religioso, e após 1910 passou a trabalhar quase exclusivamente na construção da Igreja, tendo mesmo passado a residir nos estaleiros.

Casa museu, parque Guell , Barcelona, Espanha

Ignorado durante os anos 20 e 30 do século XX, foi redescoberto nos anos 60, sendo reverenciado tanto por profissionais como pelo público em geral, devido a sua imaginação transbordante.
Igreja Sagrada Família- Barcelona, Espanha

 
 A avaliação do trabalho arquitetônico de Gaudí é notável pela sua escala de formas, texturas, e policromia, e pela maneira livre e expressiva como estes elementos se conjugam.

 

Escadaria do Parque Guell, Barcelona, Espanha


Fontes: Wikipédia e Enciclopédia Britânica

No Brasil a obra de Gabriel Joaquim dos Santos o arquiteto da Casa da Flor mostra uma relação com a obra de Gaudi.
 
 
 

-De noite, acendo a lamparina, me sento nessa cadeira, oh, que alegria para mim! Quando eu vejo tudo prateado, fico tão satisfeito... Tudo caquinho transformado em beleza... Eu mesmo faço, eu mesmo fico satisfeito, me conforta...






 
Rio de Janeiro. São Pedro da Aldeia. Uma pequena casa. Uma jóia. Obra-prima da arquitetura espontânea, construída por inspiração de sonhos e devaneios de um homem pobre, negro e semi-alfabetizado.


 
 
 A Casa da Flor, obra de Gabriel Joaquim dos Santos (1892-1985), simples trabalhador nas salinas, filho de uma índia e de um ex-escravo africano.


A obra de Gabriel, um artista despossuído, que nunca sentou num banco escolar, sem acesso aos meios de comunicação, que pouco viu da arte erudita - conhecia apenas, e admirava as igrejas e conventos antigos da região - vem provar que independe do ensino institucionalizado o aparecimento da centelha da criação num ser humano, nasce com ele, seja qual for sua raça, sexo, cultura.


 - Eu fico mais satisfeito trabalhando com os cacos porque as coisas modernas, coisas novas, ninguém vai ver. A gente entra nas cidades grandes, aquilo lá está tudo moderno, tudo bem organizado, tudo custa muito dinheiro. As pessoas veem ali a força da riqueza. Mas aqui elas gostam de ver porque é a força da pobreza.

 


Ele se incluiu, com sua única e poética obra, no seleto grupo dos "construtores do imaginário", artistas/arquitetos que fugiram dos padrões tradicionais e criaram formas ditas por uma fantasia liberta de modelos, uns de origem popular, como Ferdinand Cheval, na França; outros de origem erudita, como Antoni Gaudi, em Barcelona, ou Antonio Virzi, no Rio de Janeiro. Arquitetura surreal, fantástica, insólita, orgânica, objeto de estudo e interesse crescente.

 

Conheça mais sobre a Casa da Flor : http://www.casadaflor.org.br/galeria

sábado, 22 de junho de 2013

“OH PÁTRIA AMADA IDOLATRADA, SALVE, SALVE!”


As manifestações continuam por todo o país...

 


Se observarmos o contexto em que estes movimentos começam,  veremos  que as grandes transformações sociais, culturais e políticas ocorridas em diversos países e em diferentes épocas tiveram início a partir de pequenos gestos, algumas dessas mudanças surgiram de reivindicações simples, mas que contemplam todo um grupo social, um bom exemplo foi a Revolução Francesa, em 1789, que com as palavras de ordem de Igualdade, Liberdade e Fraternidade proporcionou a queda do absolutismo não só na França, como também em outros países da Europa.



Em 1984, o povo foi para as ruas clamando pela volta da democracia, os brasileiros  pediam a aprovação da Emenda Dante de Oliveira, a proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº5/1983, tinha por objetivo reinstaurar as eleições diretas para Presidente da República , através da alteração dos artigos 74 e 148 da Constituição Federal de 1967.

 
A emenda não foi aprovada, mas em  1989, após a promulgação da Constituição de 1988, voltamos a escolher um presidente através do voto livre e soberano. Mesmo não tendo obtido êxito foi importante, pois manifestação como aquela não acontecia desde 1968.

Em 1992, as ruas do país foram coloridas de verde- amarelo com os “cara pintada” no movimento Fora Collor, mostrando  o orgulho de morar em um país democrático. Collor sofreu  impeachment no Congresso Nacional e acabou renunciando ao cargo de Presidente da República. Itamar Franco assumiu a presidência e deu início ao “real”, a nova moeda e a “pseudo estabilidade” econômica tornou-se o grande legado do governo Fernando Henrique Cardoso.



A chegada de Lula ao poder possibilitou a ascensão política de vários líderes sindicais, estudantis e de movimentos sociais. Com ausência de líderes políticos de expressão popular os movimentos sociais “minguaram”, entidades históricas com a CUT, UNE, UBES, MST sucumbiram as facilidades apresentadas pelo modelo de governo petista.



 
Após três décadas do fim da Ditadura Militar voltamos a ver o povo desafiando
o poder do Estado. São manifestações em praticamente todas as cidades as reivindicações, que vão do passe livre ao mau uso do dinheiro público na construção dos estádios de futebol.

Toda essa agitação é importante para o fortalecimento da nossa democracia, assim como para a construção de uma nova geração de brasileiros, pois o Brasil dificilmente será mudado apenas com frases de protesto escritas no facebook e no twitter. No entanto, não iremos mudar muita coisa no país em quanto as pessoas não tiverem a coragem de sair às ruas mostrando o seu verdadeiro rosto, sem medo e sem preconceito.



 
Precisamos sim de uma identidade ou ideologia política, de organização e de líderes para que haja a transformação social desejada. Sem esses fatores, todo o movimento está fadado ao fracasso. Sair as ruas sem ter uma causa real, “só porque todo mundo tá indo , então eu também vou”, não terá efeito algum .



 
Ainda que as manifestações não consigam chegar no objetivo maior da grande nação: mudanças, devemos nos orgulhar de termos tentado algo e oferecermos uma referência de cidadania para as futuras gerações!

 E por isso analiso com um pouco mais de emoção:

 


Absolutamente Incrível é; depois de anos de letargia e subserviência, o povo brasileiro que cansou de ser explorado, massacrado e desrespeitado pelos políticos e administradores públicos imorais e indecentes, que nitidamente se divertiam com a certeza de sua impunidade, fazendo chacota da população; recuperar a consciência e autonomia cidadã, indo para as ruas nas Manifestações.


Embora esse início de mobilização careça de maior organização e logística, é gratificante verificar que as pessoas voltaram a sentir indignação, a sentir vontade de expressar a sua insatisfação com as escolhas políticas atuais e, enfim, decidiram botar "o bloco na rua", dispostas a suportar as consequências.
 
 

 
 
Não queremos a violência que alguns desordeiros “menores” têm promovido durante as manifestações, e ela é consequência do modelo existente, porém o benefício que esse início de conscientização moral e política trará para a nação brasileira é muito maior... Com o tempo e com a experiência, os movimentos serão mais precisos, mas continuemos sem a organização ilusória e demagógica de partidos.

O mais importante é o nascimento de uma nova era para o Brasil... Uma era em que o respeito aos direitos do povo - qualquer direito - será exigido nas ruas e todas as ações torpes de políticos desonestos inescrupulosos repugnantes que hoje tripudiam sobre o cidadão comum serão repensadas, antes de seguirem adiante com sua podridão.
Uma era em que, todos se respeitarão sem necessitar de mais leis e punição ou da Polícia e do Poder Judiciário.

  

Sempre tive orgulho de ser brasileira!
 
 
 
 
Quem me conhece sabe que o toque do meu celular é o hino nacional, que amo verde amarelo nas roupas e na arquitetura.
Que me emociono sempre que olho meu país de cima, amo o mapa, a bandeira e principalmente amo a alegria e a força do povo brasileiro.
Eu sempre soube que nós brasileiros não somos acomodados, apenas estávamos desiludidos.

Amo ainda mais meu Brasil, amo ainda mais meu povo.
Sinto-me privilegiada de vivenciar este momento especial!
 

Obrigada brasileiros!

 

 

 

 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Errata- Resposta a Arnaldo Jabor

Caros amigos desculpem o equívoco, na postagem "Resposta  ao Arnaldo Jabor" postei o vídeo errado.
Agora já o substituí, vejam.
Obrigada

MANIFESTAÇÃO EM PATOS DE MINAS

É hoje!


E agora? para quem como eu , postou textos de apoio às manifestações nas redes sociais, afirmando que gostariam de estar lá , junto com os demais brasileiros nos grandes centros, chegou a hora de mostrar que não é só um " textinho bonito" e sim uma vontade , uma ideologia...Participar ativamente das manifestações."


Agora é aqui.
E aí você vai ficar vendo   malhação ou esperando a novela das seis? ( eu não perco o meu tempo com este canal, mas recordo do meu passado)
Ou vai continuar bebendo em algum  bar da cidade, daqueles que colocam  as cadeiras na calçada impedindo a acessibilidade dos pedestres.
Ou mesmo ficar só achando que "isso tudo é vandalismo".
Prefiro acreditar que você vai ter ATITUDE e levantar os seu cartaz exercendo sua cidadania, indo também para a rua.



Seja pelos "vinte centavos', seja pelos milhões gastos desgovernadamente com a Copa das Confederações , o que não faltam são motivos para protestar.
 O fato de não acontecer jogos da Copa por aqui , não nos exime da responsabilidade de cidadãos brasileiros!
Vamos mostrar como estamos insatisfeitos, com nossos administradores, no âmbito nacional, estadual e municipal.
Os problemas são os mesmos para todos os brasileiros, a inflação que ameaça uma volta triunfal, a precariedade da Educação, o coma em que se encontra a saúde pública, a sucata que é o transporte público, a corrupção, o abuso do poder, o mal uso da máquina administrativa e o abandono da nossa cidade pela administração municipal.
Não encontrou ainda um motivo?



Vamos lembrar de algumas promessas...
Transporte gratuito para estudantes, taxa de água e esgoto de graça...
Sem falar nos quinhentos mil reais  investidos no Parque de exposições, enquanto as ruas da nossa cidade estão  um "queijo gouda" , E o  passe livre para deficientes físicos , que não está sendo confeccionado, tirando o direito de ir e vir de muitas pessoas.
Se escorar na desculpa caquética,  de que  o problema já existia na administração anterior é amadorismo. O passado já passou! Os problemas agora são nossos. Ou melhor, da atual administração.


Venha para as ruas  vestido de  paz e de civilidade .
Se informe e participe!

Seja pacífico, jamais passivo.

  

terça-feira, 18 de junho de 2013

Resposta ao Arnaldo Jabor

Certo dia recebi um texto do Arnaldo Jabor de uma amiga, quando ela me perguntou se gostei , respondi que por ser do Jabor até que era bom. Ela ficou indignada com minha opinião , mas é  a minha análise. Apesar da inteligência do jornalista, não acredito em quem fica falando, falando e
falando, palestrando com suas filosofias de gaveta  e seus ternos elegantes , propagando a supremacia da alienação, fantoche da  empresa em que trabalha ( outra que não gosto e na qual  não acredito), mas,  não sai dos holofotes para fazer alguma coisa de verdade!

Quem ainda não viu as idiotices "derramadas" pelo " globeiro" vejam:

Depois de ver o vídeo do cidadão no Youtube, apenas confirmei o que já  avaliava. O Sr. Jabor  se não era , se tornou uma caricatura dele mesmo, um comentarista em decadência, fútil e vazio.
E como não bastasse a porcaria feita, o mesmo foi a uma rádio pedir desculpas. ( falso e pretencioso)
 Ora Sr. Arnaldo Jabor: - Tenha a decência de colocar sua " cara" e seus ternos importados  na "Redinha" e pedir desculpas na TV e não em uma mídia, pouco conhecida e restrita a uma região apenas. Se inspire nos muitos brasileiros que colocaram "a cara na rua"!
A empresária Renata Rekien deu a resposta que eu gostaria de dar pessoalmente olhando nos olhos do cidadão, com todas a razão e a sensibilidade...
Peço emprestado a fala da mesma para mostrar minha indignação:



Vale ver também a resposta de um estudante sensato e engajado:




E ele ( O Jabor) nem imaginou que fosse tomar a proporção que tomou.

Vamos pra rua Brasil!!!

" UM FILHO SEU NÃO FOGE À LUTA".

Nenhuma multidão me emociona, nem mesmo a seleção brasileira no estádio.
Nenhuma multidão me emociona, nem mesmo o carnaval na avenida
Nenhuma multidão me emociona, nem mesmo na virada do ano.
Mas  hoje uma multidão me emocionou, me fez ter mais orgulho ainda de ser brasileira e cantar sozinha o hino nacional: Os manifestantes em Brasília e outras cidades do Brasil.
Não posso estar lá , mas, posso sentir a energia que emana de um " povo  heroico o brado retumbante!
ESTE É O MEU BRASIL!!!!


 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS


Você sabe quais são os membros vivos da
 Academia Brasileira de Letras?

 
Eu só sabia de alguns, então resolvi pesquisar sobre o assunto, primeiro vamos saber sobre a ABL.


 

 

A Academia Brasileira de Letras é uma instituição fundada no Rio de Janeiro em 20 de julho de 1897 por escritores como Machado de Assis, Lúcio de Mendonça, Inglês de Souza, Olavo Bilac, Afonso Celso, Graça Aranha, Medeiros e Albuquerque, Joaquim Nabuco, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay e Rui Barbosa1 . Composta por quarenta membros efetivos e perpétuos e por vinte sócios estrangeiros, tem, por fim, o cultivo do português brasileiro e da literatura brasileira2 . A escritora Ana Maria Machado foi eleita para presidir a academia no biênio 2012/20133 . Ela é a segunda mulher a ocupar o cargo. A instituição remonta ao final do século XIX, quando escritores e intelectuais brasileiros desejaram criar uma academia nacional nos moldes da Academia Francesa.

A iniciativa foi tomada por Lúcio de Mendonça, concretizada em reuniões preparatórias que se iniciaram em 15 de dezembro de 1896 sob a presidência de Machado de Assis (eleito por aclamação) na redação da Revista Brasileira. Nessas reuniões, foram aprovados os estatutos da Academia Brasileira de Letras a 28 de janeiro de 1897, compondo-se o seu quadro de quarenta membros fundadores. A 20 de julho desse ano, era realizada a sessão inaugural, nas instalações do Pedagogium, prédio fronteiro ao Passeio Público, no centro do Rio.

Sem possuir sede própria nem recursos financeiros, as reuniões da Academia foram realizadas nas dependências do antigo Ginásio Nacional, no Salão Nobre do Ministério do Interior, no salão do Real Gabinete Português de Leitura, sobretudo para as sessões solenes. As sessões comuns sucediam-se no escritório de advocacia do Primeiro Secretário, Rodrigo Octávio, à rua da Quitanda, 47.

A partir de 1904, a Academia obteve a ala esquerda do Silogeu Brasileiro, um prédio governamental que abrigava outras instituições culturais, onde se manteve até à conquista da sua sede própria.

O Petit Trianon.



 
Em 1923, graças à iniciativa de seu presidente à época, Afrânio Peixoto e do então embaixador da França, Raymond Conty, o governo francês doou à Academia o prédio do Pavilhão Francês, edificado para a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, uma réplica do Petit Trianon de Versalhes, erguido pelo arquiteto Ange-Jacques Gabriel, entre 1762 e 1768.4

Essas instalações encontram-se tombadas pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), da Secretaria Estadual de Cultura, desde 9 de novembro de 1987. Os seus salões funcionam até aos dias de hoje abrigando as reuniões regulares, as sessões solenes comemorativas, as sessões de posse dos novos acadêmicos, assim como para o tradicional chá das quintas-feiras. Podem ser conhecidas pelo público em visitas guiadas ou em programas culturais como concertos de música de câmara, lançamento de livros dos membros, ciclos de conferências e peças de teatro.

No primeiro pavimento do edifício, no Saguão, destaca-se o piso de mármore decorado, um lustre de cristal francês, um grande vaso branco de porcelana de Sèvres e quatro baixos-relevos em pedra de coade ingleses. Entre as demais dependências, ressaltam-se:


No segundo pavimento encontra-se a Sala de Chá, onde os acadêmicos se encontram, às quintas-feiras, antes da Sessão Plenária, a Sala de Sessões e a Biblioteca. Esta última atende aos acadêmicos e a pesquisadores, com destaque para a coleção de Manuel Bandeira.



A Academia tem por fim, segundo os seus estatutos, a "cultura da língua nacional", sendo composta por quarenta membros efetivos e perpétuos, conhecidos como "imortais", escolhidos entre os cidadãos brasileiros que tenham publicado obras de reconhecido mérito ou livros de valor literário, e vinte sócios correspondentes estrangeiros.

À semelhança da Academia francesa, o cargo de "imortal" é vitalício, o que é expresso pelo lema "Ad immortalitem", e a sucessão dá-se apenas pela morte do ocupante da cadeira. Formalizadas as candidaturas, os acadêmicos, em sessão ordinária, manifestam a vontade de receber o novo confrade, através do voto secreto.

Os eleitos tomam posse em sessão solene, nas quais todos os membros vestem o fardão da Academia, de cor verde-escura com bordados de ouro que representam os louros, complementado por chapéu de veludo preto com plumas brancas. Nesse momento, o novo membro pronuncia um discurso, onde tradicionalmente se evoca o seu antecessor e os demais ocupantes da cadeira para a qual foi eleito. Em seguida, assina o livro de posse e recebe das mãos de dois outros imortais o colar e o diploma; a espada é entregue pelo decano, o acadêmico mais antigo. A cerimônia prossegue com um discurso de recepção, proferido por um confrade, referindo os méritos do novo membro.
     
                                                Ana Maria Machado e Nélida Piñon


Instituição tradicionalmente masculina, a partir de 4 de novembro de 1977, aceitou como membro Rachel de Queiroz, para quem foi desenhada uma versão feminina do tradicional fardão: um vestido longo de crepe francês verde-escuro, com folhas de louro bordadas em fio de ouro.

Crítica: A Academia Brasileira de Letras já foi criticada por não ter tido suas cadeiras ocupadas por aclamados escritores da literatura brasileira, tais como Lima Barreto, Monteiro Lobato, Carlos Drummond de Andrade, Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Júnior, Graciliano Ramos, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Vinícius de Moraes, Erico Verissimo e Mário Quintana, bem como por ter tornado "imortais" os políticos Getúlio Vargas e José Sarney, ex-presidentes da República; o político catarinense Lauro Müller; o médico Ivo Pitanguy, cirurgião plástico; o inventor Santos Dumont, que apesar de suas grandes contribuições científicas, não se dedicava à produção literária; Assis Chateaubriand, magnata das comunicações no Brasil entre o final dos anos 1930 e início dos anos 1960; Roberto Marinho, fundador da emissora de TV Rede Globo; Merval Pereira, jornalista colaborador da Rede Globo; e Paulo Coelho, cujos romances esotéricos são vistos, por um número significativo de leitores, como livros de pouco valor literário.

Também não participaram da Academia os escritores Jorge de Lima e Gerardo Melo Mourão, indicados ao Prêmio Nobel de Literatura. António Cândido de Mello e Sousa, Autran Dourado, Rubem Fonseca, Ferreira Gullar e Dalton Trevisan, vencedores do Prêmio Camões, são outros nomes importantes que não figuram entre os membros da instituição.

O mérito dos patronos das cadeiras também é bastante debatido, conforme pode ser visto no trecho do discurso proferido por Afrânio Peixoto, registrado acima.

O jornalista Fernando Jorge em "A Academia do Fardão e da Confusão: a Academia Brasileira de Letras e os seus 'Imortais' mortais" critica a eleição de "personalidades" para a ABL, ou seja, pessoas influentes na sociedade, mas cuja principal ocupação não era a literatura e que, muitas vezes, produziam materiais apenas para que pudessem ser eleitos, nunca mais voltando a produzir qualquer obra de valor literário. O pesquisador também critica o processo eleitoral, pois este não seria feito com base nos méritos literários dos candidatos.5

Jorge também afirma que a Academia também não empreende projetos em favor da cultura da língua portuguesa, apesar de dispor de capital para, por exemplo, relançar edições esgotadas e promover campanhas de alfabetização e incentivo a leitura. Além disso, para o escritor, a instituição permaneceu calada diante das pesadas censuras do Governo Vargas e do Regime Militar brasileiro.5


Aqui toda a lista  com os nomes, a cadeira a que pertence  e o ano em que foi eleita a celebridade verbal:
Cadeira
Nome
Eleição
1
2003
2
1997
3
2000
4
1988
5
2004
6
2003
7
2006
8
2009
9
2000
10
Vaga com o falecimento de Lêdo Ivo em 24/12/2012.
11
2005
12
2003
13
1992
14
2006
15
2011
16
1985
17
1999
18
1984
19
2004
20
1999
21
2002
22
1990
23
2008
24
1994
25
1991
26
1985
27
1981
28
2006
29
2010
30
1989
31
2011
32
1989
33
2000
34
1993
35
1989
36
1991
37
2000
38
1980
39
2003
40
1984
Fonte de Pesquisa: Wikipedia
Nas próximas postagens vamos conhecer cada uma destas personalidades.
 
CARPE DIEM E CARPEM NOCTIS...