MEU GRANDE SERTÃO
Quando começa a ficar muito
calmo e muito tranquilo, Preocupo-me. Pois sou
ansiosa por conhecer, aprender, saber, mudar...
Contudo, raramente a
calmaria perdura.
Dias atrás tive uma
surpresa tão fantástica que mal pude acreditar:
“ Como o próprio Guimarães
Rosa, conto meu Conto”
Quando minha irmã fazia o curso de História, ela tinha uma turma muito bacana que fazia viagens culturais, muito interessantes organizados por um amigo o Luís ( da SRE- EM).
Fui convidada por ela a
embarcar numa destas aventuras.
Além da Junice, a irmã, conhecia também a Janaína do Grupo da Redearte, na época no UNIPAM, uma morena linda que eu gosto muito e que era namorada do Lúis, o promoter, hoje ela é esposa. Ela não foi conosco.
Não é surpreendente?
Saudades muitas!!!
Binócolo Memorial Da Língua Portuguesa- SP Angelita Apper |
Quando minha irmã fazia o curso de História, ela tinha uma turma muito bacana que fazia viagens culturais, muito interessantes organizados por um amigo o Luís ( da SRE- EM).
Além da Junice, a irmã, conhecia também a Janaína do Grupo da Redearte, na época no UNIPAM, uma morena linda que eu gosto muito e que era namorada do Lúis, o promoter, hoje ela é esposa. Ela não foi conosco.
Fomos para SP. Conhecemos o
Memorial da Língua Portuguesa, A FAAP e visitamos o MASP, eu já conhecia o
museu, mas desta vez foi inesquecível.
Duas caipiras em Sampa: eu
e a Junice depois de apreciar as obras
de Renoir, Picasso, Tomie Otake, Portinari e tantas outras, ainda maravilhadas
descemos para tomar café no restaurante do MASP, mas como curiosas que somos
entramos em uma sala antes, ela não estava aberta ao público mas mesmo assim
entramos atraídas por algumas esculturas, e pasmem: era o destino , nos deparamos
nada menos que com a bailarina do Edgar Degas, a peça foi feita em bronze, a saia em
várias camadas de filó e a fita no cabelo é de cetim, estava muito bem protegida dentro de uma redoma de
vidro à vácuo.
A peça com
aproximadamente 40 cm de altura foi o objeto de arte mais lindo que vi. Não
tive noção da importância daquela obra no momento, só depois entendemos, que foi pura sorte.
A peça estava sendo
preparada para voltar para a França, ela havia sido exposta anteriormente,
junto com mais algumas esculturas.
Opa... Desviei-me do
assunto. Nesta mesma viagem, no Memorial da Língua portuguesa acontecia a
Exposição da obra de Guimarães Rosa, e Grande Sertão: Veredas, chamou minha
atenção; o banner informativo trazia uma legenda feita em um painel de um metro
quadrado aproximadamente bordado com símbolos do cerrado.
Fiquei encantada
com uma linda flor Branca representando Diadorim, pois aqui começa o
inusitado... Nunca imaginei que fosse conhecer pessoalmente uma das artesãs de Andrequicé que bordaram alguns dos paineis. Pois eu agora conheço. E ganhei uma amiga muito divertida.
Minha amiga Milânia uma
apreciadora do meu trabalho, sempre trocou figurinhas comigo, e não havia
pessoa melhor para cuidar de umas peças minhas Ana Lu e Ana Li, mulheres de
chita sobre vidro,( não me lembro em que ano, foram expostas em uma vernissage
coletiva). A presenteie com as peças.
Sabendo da minha
paixão por arte, e talvez em retribuição... Ela sempre trouxe
alguma novidade, um dia veio me visitar e me encontrou relendo "Grande Sertão:
Veredas" aí com muita naturalidade perguntou se conhecia Manuelzão e
Miguilim e contou que o Manuelzão era seu tio.
Estaçção da Sé- Memorial da Língua Portuguesa SP - Angelita Apper |
Quase tive um infarto, mas sobrevivi.
Foto do livro O Xale de Rosa - Manuelzão com Manuelzão. |
Logo depois conheci a irmã dela, Márcia, uma das “Bordadeiras de Andrequicé
“ conheci o trabalho dela e fui
convidada a desenhar doze mulheres típicas da região para um painel
representando a tradicional procissão. Que está sendo feito.
Os painéis podem ser de vários tamanhos
Além de ter o privilégio enorme de participar da história do Manuelzão
representada nos bordados, me tornando assim, parte do Sertão de Guimarães Rosa
também; ganhei um livro O Xale de Rosa do jornalista Pedro Fonseca e um painel que está sendo bordado pela nova
amiga Márcia.
Os painéis bordados pelas artesãs retratam o sertão mineiro e são lindos!
E claro meu próximo evento cultural: Viajar para a festa de Andrequicé para conhecer a “Casa Rosa” museu do Manuelzão de Guimarães e aproveitar as festanças!
Dedico esta postagem a minhas amigas gurus da lìngua Portuguesa, profissionais que tanto me ensinaram: Sônia Silveira e Érica Pereira Silva.
2 comentários:
parabéns, me encantei com suas palavras sobre nossas viagens pelo mundo da arte. me apaixonei pelos painéis das bordadeiras de Andrequicé
- Nosso próximo destino. Continue sempre . abs.
Obrigada Ju e Nat, foi o post que eu mais gostei de fazer e a nossa viajem foi única, a melhor de todas.
Cuidemos das próximas...
Beijos
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