segunda-feira, 3 de junho de 2013

Guimarães Rosa e eu


MEU GRANDE SERTÃO


Angelita Apper - Memorial da Língua portuguesa SP
A vida é mesmo surpreendente!

Quando começa a ficar muito calmo e muito tranquilo, Preocupo-me. Pois sou ansiosa por conhecer, aprender, saber, mudar...
Contudo, raramente a calmaria perdura.
Dias atrás tive uma surpresa tão fantástica que mal pude acreditar:
“ Como o próprio Guimarães Rosa, conto meu Conto”


Binócolo Memorial Da Língua Portuguesa- SP  Angelita Apper

   



Quando minha irmã fazia o curso de História, ela tinha uma turma muito bacana que fazia viagens culturais, muito interessantes organizados por um amigo  o Luís ( da SRE- EM). 

 
 Fui convidada por ela a embarcar numa destas aventuras. 



Além da Junice, a irmã, conhecia também a Janaína do Grupo da Redearte, na época  no UNIPAM, uma morena linda que eu gosto muito e que era namorada do Lúis, o promoter, hoje ela é  esposa. Ela não foi conosco.
 
 
 
Fomos para SP. Conhecemos o Memorial da Língua Portuguesa, A FAAP e visitamos o MASP, eu já conhecia o museu, mas desta vez foi inesquecível.
 



Duas caipiras em Sampa: eu e a Junice  depois de apreciar as obras de Renoir, Picasso, Tomie Otake, Portinari e tantas outras, ainda maravilhadas descemos para tomar café no restaurante do MASP, mas como curiosas que somos entramos em uma sala antes, ela não estava aberta ao público mas mesmo assim entramos atraídas por algumas esculturas, e pasmem: era o destino , nos deparamos nada menos que com a bailarina do Edgar Degas, a peça foi feita em bronze, a saia em várias camadas de filó e a fita no cabelo é de cetim, estava  muito bem protegida dentro de uma redoma de vidro à vácuo. 
 

 
 
 A peça com aproximadamente 40 cm de altura foi o objeto de arte mais lindo que vi. Não tive noção da importância daquela obra no momento, só depois entendemos, que foi  pura sorte.
A peça estava sendo preparada para voltar para a França, ela havia sido exposta anteriormente, junto com mais algumas esculturas.

 
Opa... Desviei-me do assunto. Nesta mesma viagem, no Memorial da Língua portuguesa acontecia a Exposição da obra de Guimarães Rosa, e Grande Sertão: Veredas, chamou minha atenção; o banner informativo trazia uma legenda feita em um painel de um metro quadrado aproximadamente bordado com símbolos do cerrado.




Fiquei encantada com uma linda flor Branca representando Diadorim, pois aqui começa o inusitado... Nunca imaginei que fosse conhecer pessoalmente uma das artesãs de Andrequicé  que bordaram alguns dos paineis. Pois eu agora conheço. E ganhei uma amiga muito divertida.
 
 
Minha amiga Milânia uma apreciadora do meu trabalho, sempre trocou figurinhas comigo, e não havia pessoa melhor para cuidar de umas peças minhas Ana Lu e Ana Li, mulheres de chita sobre vidro,( não me lembro em que ano, foram expostas em uma vernissage coletiva). A presenteie com as peças.
 
 





 
Sabendo da minha paixão  por arte, e talvez em retribuição... Ela sempre trouxe alguma novidade, um dia veio me visitar e me encontrou relendo "Grande Sertão: Veredas" aí com muita naturalidade perguntou se conhecia Manuelzão e Miguilim e contou que o Manuelzão era seu tio.
Estaçção da Sé- Memorial da Língua Portuguesa  SP - Angelita Apper

Quase tive um infarto, mas sobrevivi.
 
Foto do livro  O Xale  de Rosa - Manuelzão com Manuelzão.
 
Logo depois conheci a irmã dela, Márcia, uma das “Bordadeiras de Andrequicé “  conheci o trabalho dela e fui convidada a desenhar doze mulheres típicas da região para um painel representando a tradicional procissão. Que está sendo feito.

 Os painéis podem ser de vários tamanhos



 
 
  Além de ter o privilégio  enorme de participar da história do Manuelzão representada nos bordados, me tornando assim, parte do Sertão de Guimarães Rosa também; ganhei um livro O Xale de Rosa do jornalista Pedro Fonseca e um painel que está sendo bordado pela nova amiga Márcia. 
 
 
 
 
 
Os painéis bordados pelas artesãs retratam o sertão mineiro e são lindos!
 




E claro meu próximo evento cultural: Viajar para a festa de Andrequicé para conhecer a “Casa Rosa” museu do Manuelzão de Guimarães e aproveitar as festanças!





                                                                                                                                                   Não é surpreendente?

 
 
Dedico esta postagem a minhas amigas gurus da lìngua Portuguesa, profissionais que tanto me ensinaram: Sônia Silveira e Érica Pereira Silva.
Saudades muitas!!!
 

2 comentários:

Anônimo disse...

parabéns, me encantei com suas palavras sobre nossas viagens pelo mundo da arte. me apaixonei pelos painéis das bordadeiras de Andrequicé
- Nosso próximo destino. Continue sempre . abs.

Angelita disse...

Obrigada Ju e Nat, foi o post que eu mais gostei de fazer e a nossa viajem foi única, a melhor de todas.
Cuidemos das próximas...
Beijos